Desenvolvido em Espanha um modelo para detectar a condução agressiva
Os acidentes de trânsito causam anualmente
1,3 milhões de mortes em todo o mundo
Um grupo de pesquisadores da Escola de Engenharia de Telecomunicações da Universidade Politécnica de Madrid (UPM), mostrou que é possível detectar comportamentos condução agressiva monitorizando apenas sinais externos de condução como velocidade e aceleração, já que a agressividade funciona como um filtro linear sobre estes sinais. O modelo foi confirmada empiricamente em condições de condução real com taxas de sucesso acima de 92 por cento.

Induzir novos padrões de condução poderá impedir uma percentagem significativa de acidentes. Uma forma de promover essas mudanças no comportamento dos condutores passa por monitorizar e caracterizar a forma como manejam o volante, detectar situações de condução inadequada e alertá-los a tempo do risco de terem um acidente.
Os primeiros trabalhos de pesquisa desenvolvidos nesta linha abordam a caracterização por métodos invasivos, monitorizando sinais fisiológicos como o ritmo cardíaco, a respiração e nível de stress. Estes métodos, embora eficazes, são indesejáveis porque geram desconforto para o condutor e representam uma causa adicional de distracção. A questão é: poderemos caracterizar a condução de forma eficaz com métodos não invasivos que passem despercebidos ao condutor?
Um grupo de pesquisadores do Departamento de Matemática Aplicada às Tecnologias de Informação e às Comunicações da UPM conseguiu responder positivamente a esta questão. Demonstraram ser possível detectar um comportamento agressivo monitorizando apenas sinais externos da condução tais como a velocidade e aceleração. A chave reside no facto de a agressividade funcionar como um filtro linear sobre estes sinais.
No futuro, este sistema de detecção precoce e em tempo real de condução imprudente pode ser integrado em smartphones, contribuindo de forma significativa para aumentar a segurança nas estradas.